sábado, 9 de outubro de 2010

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Um comentário :

Licho disse...

"Nada é tão puro e tão honesto quanto a dor e o prazer. É que aí o corpo fala sua linguagem mais profunda, universal e irrefutável.
Pascal parodiando diria "o corpo tem razões que a própria razão desconhece..." Que metafísica invocar contra uma cólica renal ou uma ridícula dor de dente? Que razões apresentar contra o prazer do sono ou as evidências do orgasmo?
Nietzsche agiu com acerto: batizou o corpo com o nome de Grande Razão, por oposição àquela razão pequena e acessória, que parece residir dentro da caixa craniana. Galileu... Claro que a igreja não pode ser absolvida daquilo que ela lhe fez. Mas não se pode negar, por outro lado, que no final ele acabou por reencontrar a verdade. [...] Na verdade, quando a dor e o prazer estão em jogo e o corpo se dependura sobre o abismo, saber se o Sol gira em torno da Terra ou a Terra gira em torno do Sol nada mais é que uma questão fútil."
E "volta-me a sabedoria visceral de Nietzsche: "Um instrumento do seu corpo é também a sua pequena razão, meu irmão, a que você dá o nome de 'espírito' - um pequeno instrumento e um brinquedo da sua Grande Razão..." .
Quando tudo vai bem não pensamos sobre as coisas; nós as usufruímos. Fernando Pessoa diz : "pensar é estar doente dos olhos", já Brecht " a única finalidade da Ciência é aliviar a miséria da condição humana". É sobre a condição humana que devemos nos deter. Queremos, contudo, pensar essa condição no contexto da educação, por exemplo!. O ser humano é antes de tudo e ao mesmo tempo físico, biológico, psíquico, cultural, social, histórico. Um conjunto que não tem partes é um todo a um só tempo e que como tal não é visto no contexto educacional. Foi nessa perspectiva que “a UNESCO em 1999 solicitou ao filósofo Edgar Morin (Os sete saberes Necessários à Educação do futuro), – um dos maiores expoentes da cultura francesa no século XX – a sistematização de um conjunto de reflexões que servissem como ponto de partida para se repensar a educação do século XXI”.
O ser humano, "as cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão, os princípios do conhecimento pertinente, ensinar a condição humana, ensinar a identidade terrena, enfrentar as incertezas, ensinar a compreensão, a ética do gênero humano, são caminhos que abrem para os que pensam e fazem educação", incrível NE!Estas devem ser as preocupações com o futuro das crianças e adolescentes. Todavia não é pertinente deixar de refletir sobre a afirmação Brecht, nem tão pouco a sabedoria visceral Nietzsche, Pascal e Galileu.
RF:
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ALVES, Rubem.Estórias de quem gosta de ensinar,São Paulo, Papirus.2000.